Diagramação de software - D.F.D - II
No artigo Diagramação de software - D.F.D e D.E R - Macoratti.net eu apresentei o conceito sobre DFD - Diagrama de Fluxo de Dados - e prometi voltar ao assunto. Pois bem, cá estamos... |
Este artigo é na verdade uma compilação do assunto encontrado em vários artigos publicados na internet citados nas referências.
Hoje vou continuar o assunto a partir de onde paramos mostrando outros aspectos do DFD e sua utilização.
Um DFD pode ser desenhado em vários níveis, dependendo da complexidade e grau de detalhamento do sistema. Pelo menos dois níveis ocorrem em qualquer sistema:
Diagrama de Contexto
Diagrama Nível 0
Quantos processos por
nível podemos ter em um DFD ? A regra de Miller indica de : 7±2 Até quantos níveis podemos ter ? |
DFD - O Diagrama de Contexto
O DFD é modelado em uma série de níveis, para que possa expor suas funções mais detalhadas em um sistema complexo, cada nível oferece mais detalhes que seu nível superior.
O DFD de nível mais alto consiste em uma única bolha, representando o sistema inteiro; os fluxos de dados mostram as interfaces entre o sistema e as entidades externas, esse diagrama chama-se Diagrama de contexto.
DFD - Nível 0
O DFD imediatamente abaixo do Diagrama de contexto é conhecido como DFD nível 0, e representa a visão de mais alto nível das principais funções do sistema bem como as principais interfaces entre essas funções.
O detalhamento do Diagrama de contexto gera sub-bolhas que apresenta um maior detalhamento do sistema. Abaixo vemos o DFD nível 0 do diagrama de contexto :
Em suma o DFD Nível 0 é um detalhamento do Diagrama de Contexto, incluindo as mesmas informações daquele diagrama, acrescentando-se o detalhamento de processos, que operam sobre os fluxos de dados, e os depósitos de dados.
DFD - Nível 1
O próximo nível de detalhamento do DFD nível 0 chama-se DFD nível 1, que apresenta uma detalhes das funções ainda maior que seu nível superior. A numeração das bolhas depende da numeração da bolha do DFD de nível imediatamente superior, que descreve o relacionamento com tal bolha, esse tipo de pratica melhora na identificação e organização das funções do sistema.
Abaixo vemos o exemplo para o detalhamento do processo - Cadastrar Clientes - do DFD Nivel 0:
No DFD Nível 1 aplicam-se as mesmas regras do DFD nível 0, porém sua representação restringe-se ao detalhamento de um determinado processo daquele diagrama, apresentando o contexto com aquele nível (mesmas relações de entrada e saída representados no nível 0.)
Dicionário de Dados
O Dicionário de dados é a relação organizada de todos os elementos de dados pertinentes ao sistema, com definições precisas e rigorosas que registra todos os fluxos de entrada e saída, depósitos de dados, fluxos e depósitos de dados temporários.
Logo, em relação ao DFD o conteúdo de um dicionário de dados é composto por:
especificação de fluxo de dados
especificação de arquivos
especificação de processos
Assim o dicionário de dados é uma listagem organizada de todos os elementos de dados pertinentes ao sistema, com definições precisas e rigorosas para que o usuário e o analista de sistemas possam conhecer todas as entradas, saídas, componentes de depósitos e cálculos intermediários. A seguir temos alguns símbolos utilizados no Dicionário de dados e seus respectivos significados.
A seguir vemos um exemplo de utilização do Dicionário de Dados em um depósito de dados - DD:
Outros exemplos:
1- Exemplo da notação “{ }” -> código_cartão = {número_válido}
/ número_válido = [0-9]
2- Exemplo da notação de “[ | | ]”.
sexo = [F | M]
3- Exemplos de um item de dados elementar: sexo , numero_valido,
caracter_valido
Assim temos que :
Dicionário de dados descreve o significado dos fluxos de dados e dos depósitos de dados.
Descreve a composição de dados agregados Ex.: endereço.
Especifica os valores e unidades relevantes. Descreve os relacionamentos entre depósitos de dados (diagramas E/R)
Lembre-se : "Sem o DD, tudo o que for modelado poderá ficar incompleto ou inconsistente."
A seguir algumas sugestões para a criação de DFDs:
Escolher nomes sugestivos para processos, fluxos, depósitos e terminadores.
Não usar nomes de pessoas, mas sim a designação do papel que representam;
Não usar nomes de mecanismos, dispositivos ou meios físicos usados para transportar dados. Exemplo: Em vez de “Telefonema” usar “Pedido” e em vez de “Operador de entrada de dados” usar “Cliente”, ou seja a origem;
A política utilizada para dar nomes a processos consiste em utilizar um verbo e um objeto, ou seja, a atividade e o objeto associado. Não se deve usar, contudo, nomes ambíguos do tipo: processar dados, tratar entradas e funções variadas.
Desenhar DFD com poucos objetos, para facilitar a sua leitura;
Minimizar cruzamentos entre fluxos de dados;
Exemplo de um DFD de leitura difícil:
A construção de um DFD é um processo iterativo. Assim sendo, um DFD deve ser redesenhado várias vezes, de forma a garantir:
A modelação adequada do sistema em estudo;
A correção técnica;
A estética agradável;
A consistência interna e em relação a outros modelos utilizados, como DER, DTE, DD e especificação de processos.
Exemplo de um Diagrama de contexto e DFD Nível bem desenhados para um sistema de reservas :
1- Diagrama de contexto:
2- Diagrama de Nível 0 :
Nota: Dica de ferramenta para gerar o modelo e dicionário de dados:
SchemaSpy que é uma ferramenta gratuita baseada em Java (requer Java 5 ou superior) que analisa os metadados de um esquema em um banco de dados e gera uma representação visual em um formato legível pelo browser. Ele utiliza um programa chamado Graphviz para gerar as representações gráficas dos relacionamentos das tabelas. Vale a pena salientar que ele permite que você clique através da hierarquia das tabelas através dos relacionamentos existentes entre as mesmas. O SchemaSpy possui suporte para vários bancos e utiliza o JDBC para extrair as informações do banco de dados. |
João 12:25 Quem ama a sua vida, perdê-la-á; e quem neste mundo odeia a a sua vida, guardá-la-á para a vida eterna.
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Referências:
Super DVD Vídeo Aulas - Vídeo Aula sobre VB .NET, ASP .NET e C#
SISTEMA DE GERENCIAMENTO INFORMATIZADO DE UMA OFICINA MECÂNICA E LOJA DE AUTO PEÇAS, Olidiomar dos Santos da Cunha
http://eduardolegatti.blogspot.com.br/2013/02/gerando-o-modelo-e-o-dicionario-de.html